O que resta depois da flor
é uma coisa sem dentes,
recordando
o mistério da flor, a medonha
agulha
para gravar na pele as sílabas
da dor: e a vida
é como uma irritação, ou uma
incomodidade
de ser ainda nada,
como uma recordação.
leopoldo maria panero
conversação
tradução pedro serra
livros cotovia
2001
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