A mão dorida, trôpega…
Mas uma espécie de ânsia sôfrega
Ordena:
Empurrar tudo!
– Não quero, nem passado,
Nem presente,
Nem futuro! –
A mão abre caminho, coerente…
Para a tua palavra mágica, profética,
Bela e magnética,
Passear livremente,
E demoradamente!...
caminhos frios (1947)
antologia da novíssima poesia portuguesa
m. alberta menéres, e. m. de melo e castro
moraes editores
1971