284 – A morte dos amigos e conhecidos traz uma
pergunta enigmática que nos desconstrói a imortalidade. Escrevo-a na lousa
escolar em letras tortas de hesitação – para quê? Apago as letras com a
esponja, fica o escuro da pedra. Para quê? É a pergunta da infância e da velhice.
Apago a pergunta na memória e fica a lisura de simplesmente existir. E a
imortalidade volta como a ternura triste de um cão.
vergílio
ferreira
escrever
edição de helder godinho
bertrand editora
2001
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