16 março 2023

maria andresen de sousa / quando tudo ardeu

 
 
Quando tudo ardeu olhaste a árvore de cinza,
o gelo, o seu recorte de Inverno: e disseste: basta;
 
ficas nessa posição, nela hibernas
porque tu amas a paragem no que basta
 
um dia ébrio, um tanto, na sua luz
de frio; a sentença, tão breve e precisa
 
 
 
maria andresen de sousa
relâmpago
revista de poesia
nr. 16/4 2005
luís miguel nava
fundação luís miguel nava
2005
 



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