Famintos de uma rapariga; como se o cascalho poeirento
Fosse o seu cabelo em estrela-do-mar sobre uma almofada,
Com os meus dedos abriria caminho por entre o saibro.
Ossudos destas casas com cicatrizes, como
Passo por cima dos seus telhados apinhados como sardinhas, escon-
didos;
Poderia alcançar, agarrar e limpar a sua lata gordurosa.
terra,
Gritam e matam e amarrotam-se como envelhecidas folhas de jornal,
Insatisfeitas com imaculados céus de paz,
E eu começo a contar os meus inimigos.
As cidades caem para que deixem respirar as suas crianças.
rosa do mundo
2001 poemas para o futuro
tradução de cecília rego pinheiro
assírio & alvim
2001
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