13 fevereiro 2021

reinaldo ferreira / que estranha, a nossa verdade!

 
 
Que estranha, a nossa verdade!
Às vezes, partida a meio,
Minha ilusória unidade,
Pensando, sinto, pensei-o.
 
Mas quando penso que o penso
Estou-o pensando também.
Na vertigem, não me venço
E recuo e vou além
 
Daquilo p’ra que há defesa.
Feliz quem pode parar
Onde a certeza é certeza
E pensar é só pensar!
 
 
reinaldo ferreira
um voo cego a nada (Livro I)
poemas
vega
1998





 

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