Sempre para o centro da terra
onde os metais com sede
sonham devoradoramente
o sangue dos mineiros.
nas combustões do enxofre, do granito,
desço alucinado
com pedra a ferver nos pulmões
e pedra em chamas a acender-me os gritos.
crescem-me dos olhos e dos dedos
nunca sonhados medos, nunca tanto
fulgor de lágrimas doentes.
descida aos infernos
a leve têmpera do vento
antologia poética
quasi
2001
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