Que saudade, toda trapos e esquecimento,
sem te saber ainda
cambaleava, tão ébria
e inábil como um mendigo,
abrindo as mãos, estendidas
a você?
Que espanto
sangrento, como um galo
decepado, mudo, interrompia
o passo da alba que te trazia?
Que saudade?
Que espanto?
maria-mercè marçal
desglaç / degelo
tradução meritxell hernando marsal
e beatriz regina guimarães barboza
editora urutau
2019
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