Debruço-me para escutar o canto. De onde viria, se a luz sabia a sal? Dele
falava quando disse que o outono já se estendera sobre a palha. A terra cheia
bem: no silêncio crispado as maçãs ardiam de doçura.
Era no
tempo em que as cabras subiam às falésias. Talvez algum pastor lhes seguisse o
rasto. E cantasse então.
eugénio de andrade
memória doutro rio
poesia
fundação eugénio de andrade
2000
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