Se à meia-noite te desperto, amada,
é por ter visto sombras doutro tempo.
Deves beijar-me então e escudar-me
sem perguntar por que me treme a boca
nem de onde este sangue que me suja
ou este terror imenso dimanam.
Prescreve a vitória, não a lembrança
da primeira ferida que nos culpa.
julio martínez mesanza
trípticos espanhóis 1º.
trad. joaquim manuel magalhães
relógio d´água
1998
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