Esta manhã nem mesmo as nuvens entre o sol podem pôr estas
saias.
Nem a mulher na ambulância
De coração vermelho a florescer assombrosamente através do
casaco –
Uma oferenda, uma oferenda de amor
Jamais pedida
Nenhum céu
Esmaiado e em chamas
Pondo a trabalhar o seu monóxido de carbono, nenhuns olhos
Estáticos, em sentido sob chapéus de coco.
Ó meu Deus, o que sou eu
Possam as últimas bocas gritar alto
Numa floresta de gelo, num amanhecer de centáureas.
sylvia plath
ariel
trad. maria fernanda borges
relógio d´ água
1996
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