Com um peso de cegueira a esmagar-me o cérebro,
Face queimada pelo vento contra
E trôpego dos passos que venci em vão,
Atinjo a hora convencional da noite
Em que não há descanso já
Pois o sono é vazio de si mesmo
E mais que nunca durmo só por fora.
Desperto?
Passou um dia? Um ano?
É cinzenta de chumbo a claridade.
É cinzenta de chumbo a escuridão.
No tempo que não pára
Este minuto Aqui
Quanto espaço nos rouba?
edmundo bettencourt
ligação 1936-1962
poemas de edmundo de bettencourt
assírio & alvim
1999
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