Nos seus fundos tomou um marinheiro o mar. –
Sua mãe vai e acende, por ignorar,
diante da Virgem uma alta vela
que volte depressa e faça bom tempo apela –
e não pára de escutar se o vento esmorece.
Porém enquanto ela reza e faz uma prece,
aquele ícone ouve, sério e triste,
que seu filho ao qual espera já não existe.
konstandinos kavafis
os poemas
adenda, 1.ª (1897-1904)
trad. joaquim manuel magalhães e
nikos pratsinis
relógio d´água
2005
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