Juntei as minhas convicções umas às outras e
dilatei a tua Presença. Outorguei aos meus dias um novo curso, sustentando-os
nessa força imensa. Expulsei a violência que me limitava o ascendente. Agarrei
sem ruído o pulso do equinócio. O oráculo deixou de avassalar-me. Penetro: sinto-me ou não em estado de graça.
A ameaça é agora mais polida. A praia que todos os
Invernos ficava atravancada de lendas regressivas, de sibilas com os braços
pesados de ortigas, apresta-se agora ao socorro das criaturas. Sei que a
consciência que se arrisca nada tem que temer da plaina.
rené char
furor e
mistério
sós
permanecem (1938-1944)
trad. margarida vale de gato
relógio d’ água
2000
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