Caminho em volta desta duna de cal, ou dum sonho
mais parecido com ela do que a areia, só para saber se a áspera exortação da
terra, o seu revérbero imóvel na brancura, pode reacender-me os olhos quase
mortos.
O que eu tenho andado sobre este círculo
incessante, e ao centro o pólo magnético ainda por achar, a estrela
provavelmente extinta há muito, possivelmente imaginada, conduz-me sem
descanso, prende-me como um íman ao seu rigor já cego.
carlos de
oliveira
terra da
harmonia
trabalho
poético
livraria sá da costa editora
1998
Sem comentários:
Enviar um comentário