liberdade e graça
O Pombal do futuro, não o do Sol
mas o da sombra
há-de andar de óculos, e de óculos escuros
com os Sermões de Vieira debaixo do
braço
e emblema na lapela
com o retrato de Malagrida.
O Estaline há-de ler em ascese Os
Lusíadas
essa arte de heréticos
e o Junqueiro, o Vulcano pequeno-burguês
que foi desmontado peça a peça por Sérgio
há-de aparecer esquelético na Arcádia universal
de barrete e todo nu, a cores
como num retrato de Warhol
a conduzir nos aposentos da luz o faiton
de Apolo
antónio cândido franco
estrela subterrânea
poesia digital
7 poetas dos anos 80
campo das letras
2002
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