12 julho 2015

al berto / noutros tempos



noutros tempos
quando acreditávamos na existência da lua
foi-nos possível escrever poemas e
envenenámo-nos boca a boca com vidro moído
pelas salivas - noutros tempos
os dias corriam com a água e limpavam
os líquenes das imundas máscaras



al berto
horto de incêndio
assírio & alvim
1997




2 comentários:

www.pedradosertao.blogspot.com disse...

Noutros tempos...era tão bom acreditar na Lua...
mas hoje colocaram um vidro fumê
na frente dela!!!

Abraços do Pedra


www.pedradosertao.blogspot.com.br

master chief disse...

aoende está o Otário

não faço outra coisa senão pesquisar
pesquisar a minha vida
à minha volta analisar
os carros parados no passeio fazem me lembrar
que nem todos são ricos
e nem sei como as contas hão de pagar
á muito que deixei o carro na sucata
e inda assim vejo por ai muitos andar
não sei como os consomem
com tanta gente sem trabalhar
ainda assim vejo os á porta
e nem gente a circular
não sei como há pobres
ricos em casa, de tantos decoros
á minha volta a tresandar
se bruxas não há
pais natais se escondem
como hei de saber e contar
quantos carros e de tão
poucos, estão ali a estramalhar

Carlos Ac Liberal