Velas no Nilo,
pássaros sem canto com uma asa
procuram sem rumor a outra;
tocam com os dedos no céu ausente
o corpo de um efebo em mármore;
escrevem com invisível tinta no claro azul
um grito de desespero.
Nilo, «Os Pombos»
yorgos seferis
poemas escolhidos
trad. de joaquim manuel magalhães
e nikos pratisinis
relógio d´água
1993
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