19 março 2006

post it / rui martins

eclipse


há um piano a tocar(te) no quarto.
Fixas os olhos em mim e deixas o tempo passar
atrasando as horas
negando beijos
adormecendo na minha mão, todos os dias mais um pouco.
[Amo-te porque existo]

Sopro água nesse rosto
conto as gotas e adormeço no banco das tuas mãos transparentes.

Flutuas sobre a cama na força que drenas do corpo tocado Existes eternamente nua em cada marca que os meus lábios deixaram [em cada regresso] Com um gesto fechas os olhos, dás-me outro mundo, guardando-me dentro de ti como fazes aos segredos.

PS - Conservo os teus mamilos em absinto queimado, ainda me ardem na boca.



rui martins

2 comentários:

Anónimo disse...

Nem sei muito bem
como se diz isto:
Se
- Bem haja a poesia
pelos versos que soltas!
ou
- Bem hajam esses versos
pela poesia que exalam!
...
- Bem haja tudo
em que se inspira
e se transforma
o teu gozo na palavra.
-
Atalhando:
Parabéns Rui Martins
e ao que te rodeia,
parabéns até a nós
pelos vistos
e pelo que de bom
nos faz merecer-te.

Grafite

Anónimo disse...

existes
e há poesia em ti
em cada verso teu


belo !

lena