dissemos, estudantes sonhadores.
É a razão dos velhos, matizamos agora,
a sua única e céptica esperança.
A liberdade é uma estranha viagem.
Começa nas praças
De touros com cadeiras na areia
nas primeiras eleições.
É o perigo, de madrugada, no metro,
são os jornais ao fim do dia.
a liberdade é fazer amor nos parques.
A liberdade é quando começa a madrugada
de um dia de greve geral.
É morrer livre. São as guerras médicas.
As palavras República e Civil.
Um rei partindo de comboio para o exílio.
A liberdade é uma livraria.
Andar indocumentado.
As canções proibidas.
Uma forma de amor, a liberdade.
misteriosamente feliz
trad. miguel filipe mochila
flâneur / língua morta
2020