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Em cada ave dormia uma montanha.
Em cada mão o réptil sagrado
Vinha comer o sal. Nas ruas do porto
Um bispo velho interrogava a árvore.
O vinho andava nu, e havia perto do rio
quem chorasse as savanas perdidas
depois do seu encontro com a neve.
Como o fogo lhe faltasse, o feiticeiro
casou com a cidade enquanto ardia.
alain bosquet
trad. de eugénio de andrade
hífen 5 março
cadernos semestrais de poesia
tradução
1990
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