30 janeiro 2017

joaquim manuel magalhães / nada consentia



Nada consentia ainda o nosso amor.
Eu punha sobre os teus ombros os meus braços
anulado da gente mais agreste
e descobria o riso ao pé do teu.


Era o que sou e sabia cantar-


te, queria que visses em redor
toda a cinza a que tu não pertencias.
Tu vias. Eu cantava. Era o amor.

  


joaquim manuel magalhães
consequência do lugar
relógio d´água
2001



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