Porque cegamos
no dia que sai connosco,
e porque vimos o nosso hálito
embaciar
o espelho do ar,
a nada se abrirá
o olho do ar
senão à palavra
que renunciamos: o inverno
terá sido um espaço
de maturidade.
Nós que nos tornamos nos mortos
de outra vida que não a nossa.
paul auster
poemas escolhidos
tradução de rui lage
quasi
2002
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