21 janeiro 2014

rui almeida / não sei quantos de nós…



Não sei quantos de nós estaremos vivos
No dia em que estes campos
Voltarem a estar verdes;

Mais do que de esperança,
Trata-se da sobrevivência
Da nossa vontade. Do nosso
Sentido de oportunidade

Falaremos depois,
Quando os frutos das árvores
Puderem cair

Sem que os cuidados
Exigidos pela necessidade
Ou pelo excesso de avidez
Lhes extingam o brilho.



rui almeida
leis da separação
medula
2013

1 comentário:

João A. Quadrado disse...


[intenso esse ser,
instigante

esse olhar
erguido da
e pela palavra.]

um imenso momento do Rui Almeida!

um abraço,

bL