20 junho 2010

josé saramago / tem o relógio horas tão vazias







Tem o relógio horas tão vazias que, breves mesmo, como de todas é costume dizermos, excepto aquelas a que estão destinados os episódios de significação extensa, (…), são tão vazias, essas, que os ponteiros parece que infinitamente se arrastam, não passa a manhã, não se vai embora a tarde, a noite não acaba.




josé saramago
o ano da morte de ricardo reis

2 comentários:

fernanda disse...

Belíssimo e autêntico. Grande e sensível observador.

Bookvel disse...

Grande Saramago!