Tu já me arrumaste no armário dos restos
eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos
e das nossas memórias começamos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos.
Mas no tempo subjectivo
tu és ainda o meu relógio de vento
a minha máquina aceleradora de sangue
e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti
o nocturno passeio do gato no telhado?
isabel meyrelleso rosto deserto1966
2 comentários:
Adorei três momentos nesse poema:
"Tu já me arrumaste no armário dos restos"
"Mas no tempo subjectivo
tu és ainda o meu relógio de vento"
"e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti
o nocturno passeio do gato no telhado?"
Trágico, afirmativo e sutil.
Aquele abraço,
Paulo.
http://poenocine.blogspot.com/
Olá,
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Valeu!
Anselmo
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