(…)
De uma certa maneira semelhante à água, ao que ela tem de mais forte e de mais leve, de menos perceptível, como o são as rugas da sua ondulação, que sempre foram um tema de estudo na China.
Imagem do desprendimento: a água que não se apega a nada, sempre pronta a instantaneamente voltar a partir, água que, mesmo antes da chegada do budismo, falava ao coração do chinês. Água, vazia de forma.
Yi Tin, Yi Yiang, tche wei Tao
Um tempo Yin, um tempo Yang
Eis a via, eis o Tao.
Via para a escrita.
Ser calígrafo, como se é paisagista. Melhor. Na China, é o calígrafo que é o sal da terra.
(…)
henri michaux
ideogramas na china
trad. ernesto sampaio
cotovia / fundação oriente
1999
1 comentário:
Sou simplesmente apaixonada por Henri Michaux. Bela escolha!
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