11 março 2008

de cima, de antes, de mais fundo






de cima, de antes, de mais fundo
me suspendo, de um jardim, de um espelho
em reflexão, de um automóvel em corrida,
de mais fundo me suspendo, internamente,
de antes, de cima. do mais fundo estado,
como um dente a entrar no alimento,
como um rio a entrar no estado sólido,
reconditamente entro, reconcentro
os vários sítios do meu centro,
em reflexão.






luiza neto jorge
o seu a seu tempo
poesia
assírio & alvim
1993




1 comentário:

fernanda f disse...

Gosto muito do movimento no tempo e no espaço, do ritmo, do "surreal".