entra o vento na alma.
coalha o poema dentro do corpo
e os dedos deixam de cantar.
param as horas na mente branca.
o riso salva o silêncio
na sombra dos olhos abissais.
cessa a vida calcada,
num livro envolto de miragens.
insignificante o negrume do desejo.
na areia enterra-se o prazer.
pestífero difuso da mágoa
de ser ameaça insuspeita
esquece o acaso inimigo
em dias de discernir ruídos.
o dia cansado senta-se
não há vacuidade no valor de base
da imaginação fluente.
os sonhos não têm peso
a linguagem da morte encalhou,
resta um corpo na poesia despida!
l.maltez
1 comentário:
que agradável surpresa encontrar aqui um poema da amiga lena. sem dúvida, uma citação merecida.
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