09 abril 2007

brilhos






lembro-me
de te abrir as mãos


de procurar na janela
o cume das árvores
e de nos teus olhos

subir
içar os brilhos

até ao cegar da memória
até ao olvido
do saber

imaginei que poderias cantar
ceifar silêncios

como quem inventa um destino
e prodigamente se decifra
no fio do poema








gil t. sousa
poemas
2001

1 comentário:

Anónimo disse...

que poema lindíssimo.