17 fevereiro 2005
quatro estações #crónicas de inverno
beautiful solitude
manhãs frias
morrer lentamente
encostado às manhãs frias
com cheiro pestífero de corpos humedecidos
pelos fumos das noites ardidas
os ruídos entram pelas frinchas
e raspam as paredes macilentas
do quarto tíbio
sinuosas sombras bailam no silêncio
alteradas pelo ensejo
só, assumidamente
parei na fria manhã de qualquer lugar
expulsa de saudades
o rapaz que atravessa a rua
ausente das horas leves
mergulha no tempo vazio, sem nexo
como se carregasse o peso do dia
a respiração arrasta-se
pelas esquinas
num regresso ao isolamento
uma voz embalada enegrece na manhã
l.maltez
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3 comentários:
Adorei o poema , assim como tudo o que escreves.
Obrigada pela partilha
um beijo meu
muito bom, gostei bues!
gosto imenso de te ler**
rose
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