«No se puede vivir sin amar.»
«Si, se puede», respondi
vestindo-me de negro
para o último baile de máscaras.
A minha boca estava cheia de poeira
como se o choro me secasse a garganta
– no entanto não choro desde há um século.
Não desejo o vosso céu, compañeros,
as luzes infames, os falsos amigos,
as ruas dos beijos,
as mentiras dos espelhos voadores.
Quero quebrar o último selo,
uma lua que não ilumina,
uma noite onde nada reluz.
eeva-liisa manner
trad. egito gonçalves
hífen 5 março
cadernos semestrais de poesia
tradução
1990