sinto arderem à margem
de um mar escuro –
e ao longo dos portos acenderem-se piras
de coisas velhas,
de algas e barcos
naufragados.
ser queimado,
mas cada hora da minha vida
ainda – com o seu peso indestrutível
presente –
no coração extinto da noite
me segue.
morte de uma estação
trad. inês dias
averno
2019