Podem correr-me à pedrada
Podem espreitar-me à janela
E ter a porta fechada.
Não me convence ninguém.
Tudo o que guardo na mão
Não tem vislumbres de além.
Nem das pombas, nem dos astros.
Tenho uma dor consciente
De bicho que sofre as pedras
E se desloca de rastros.
rio infindável (1947)
antologia poética
assírio & alvim
2001
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