Esta pedra é uma casa
tão cega
como aquele céu lá no mais alto
que afinal precisa o mar
para se saber azul.
Sobre a mesa estrelas e uvas sempre renovadas
e a lisa parede branca para as sombras
independentes
esquecerem a morte ali
onde sobra sombra sempre.
Onde a sombra assombra
suportando todo o peso do ar.
E lembro ainda o luar como uma areia muito fina
argamassa desta espessura que nos separa do poema perdido
subitamente tornado insecto
por intersecção do teu olhar.
Áfricas 65
artur do cruzeiro seixas
obra poética vol. I
quasi
2002
tão cega
como aquele céu lá no mais alto
que afinal precisa o mar
para se saber azul.
e a lisa parede branca para as sombras
independentes
esquecerem a morte ali
onde sobra sombra sempre.
Onde a sombra assombra
suportando todo o peso do ar.
argamassa desta espessura que nos separa do poema perdido
subitamente tornado insecto
por intersecção do teu olhar.
artur do cruzeiro seixas
obra poética vol. I
quasi
2002
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