A mão que embala o mundo traz ao colo
a música de frases tenebrosas
a arder na minha boca. A língua fala
de tudo o que não sei: palavras rasas
entre lábios sem alma, que revelam
a natureza morta numa casa
onde a luz fica acesa em cada sala
até de madrugada. Tudo é belo
quando a vida mal vibra e mal nos pesa,
quando o silêncio abre as suas asas
sob o divino hálito que engole
o aroma das rosas.
às cegas
relógio de água
1997
2 comentários:
Bonito de ler.
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Abraço e/ou beijinho.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
Adorei o jogo de palavras e de sentidos. Muito belo!
Beijinhos
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