Dias mais difíceis virão, querida!
Seja isto que te escrevo –
A roldana de estendal que te traga a mim…
Tenho evitado toda e qualquer vichyssoise
A não ser por debaixo da mesa…
E sei agora que as ideias ou se lavam à mão
Ou encolhem…
Sei a textura exacta do teu suspiro –
Frágil miado de porcelana!
Sei o quanto anseias sonhar sem quilha,
Roçares-te pornograficamente nas nuvens…
Na esquina mais humana de ti,
Sou abordado por todo o tipo de gente…
Não te dá sossego, essa corja?
Não te será permitido um laivo de solidão?
Hei-de cavar funda a cova no peito
E enterrar-te viva dentro de mim…
Dias mais difíceis virão, querida!
narciso pinto
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