Sei que é um homem branco.
Entra de lado no vento
Permitindo ao seu lado esquerdo
esquecer o que o direito
conhece como frio. Os seus ouvidos
transformam em morte o que
os seus olhos não podem ver. O dia inteiro
ele afasta-se do sol
transformando-se em tempestade. Não
o tomes pelo uivo que ouves
ou pelo rasto que pensas estar
a seguir. Encontrar um homem branco
na neve é procurar os mortos.
Ele tem sido queimado pelo vento.
Tem deixado demasiada
carne no cascalho branco do inverno
para que deixe a sua cor como sinal.
Branco frio. Carne fria. Ele encosta-se
Ao vento de lado; mata sem
piedade tudo o que esteja ao seu lado esquerdo
entrando como a loucura na neve.
patrick lane
rosa do mundo
2001 poemas para o futuro
tradução de cecília rego pinheiro
assírio & alvim
2001
1 comentário:
Que poesia diferente, bem escrita, muita qualidade nas frases criadas.
Profunda obra.
Grande abraço e sucesso!
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