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Engano: não, não me matei,
suguei
a vida que outros deram.
Gueixa nasci e aqui estou de gueixa,
borboleta que fui, borboleta que sou,
mosca, ah, sim, mosca,
mas de manteiga.
E envelheço porque não morri.
Envelheço? Não pode envelhecer
quem sempre foi assim.
Dizem-me velha? Olhem-me as pinturas:
todos os dias chegam barcos,
barcos, marinheiros,
todos os dias chegam.
pedro tamen
relâmpago nº. 13 10-2003
revista de poesia
fundação luís miguel nava
2003
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3 comentários:
Parece que ela está aqui...bem real. Parabéns!
parabéns pelo texto, em nome da poesia Portugal quero aproveitar para o convidar também para dar uma espreitadela ao nosso projecto
http://www.portugalpoesia.blogspot.com/
obrigado e muitos parabéns pelo trabalho que estão a fazer...
"velha" não sou, mas sou velha. E já morri muitas vezes. Espero vir a reencarnar em forma de petúnia.
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