O cão do inverno ferra o meu sorriso. Foi na ponte.
Eu estava nua e levava um chapéu com flores e
arrastava o meu cadáver também nu e com um
chapéu de folhas secas.
Tive muitos amores – disse – mas o mais formoso foi
o meu amor pelos espelhos.
alejandra pizarnik
antologia poética
trad. alberto augusto miranda
edit. o correio dos navios
2002
1 comentário:
"É que narciso acha feio o que não é espelho" Será que há alguma semelhança?
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