19:40
o relógio da estação marcava
dezanove e quarenta
um alto e entroncado homem
sorria de um dos lados da linha
todos os dias
do outro sorria uma mulher
com os seus dezanove
e quarenta anos
a reter, os brincos da mulher
estridentes de silêncio
e as botas dele
invulgarmente mudas
a dilecção dela
eram homens pontuais
a dele mulheres
sorridentes ao silêncio
dia dezanove de um mês
invernoso
do ano de quarenta
de um lado da linha
não havia vislumbre
de mulher ou homem
e do outro
também não
nuno travanca
o relógio da estação marcava
dezanove e quarenta
um alto e entroncado homem
sorria de um dos lados da linha
todos os dias
do outro sorria uma mulher
com os seus dezanove
e quarenta anos
a reter, os brincos da mulher
estridentes de silêncio
e as botas dele
invulgarmente mudas
a dilecção dela
eram homens pontuais
a dele mulheres
sorridentes ao silêncio
dia dezanove de um mês
invernoso
do ano de quarenta
de um lado da linha
não havia vislumbre
de mulher ou homem
e do outro
também não
nuno travanca
8 comentários:
Há blogs que merecem um elogio, e o teu é um deles! Belos textos e excelentes fotos!! Aproveitei tb para te "pedir licença" para te linkar pelo meu blog para que os visitantes tenham a oportunidade de te visitar tb! Um abraço - João (http://p3nsam3ntos.blogs.sapo.pt)
Sim, gostei do poema...
Soou estranho, mas soou bem...
Não são 19:40 neste momento,
Mas são poemas de 19 valores e 40 dB sonoramente profanos na mente.
Muito bom...
Artur Rebelo
Travanca, não sou teu fã. Parece-me que qd te tornares um pouco mais humilde e deixares a pose de vedeta que tens, poderás ser um bom poeta.
Mas este poema é bastante bom. Impossível não se gostar.
Parabéns.
Ana Maria.
dia dezanove de um mês
invernoso
do ano de quarenta
a única estrofe k gostei... n tou a dizer isto p deitar o poeta abaixo, apenas acho k tem alguma falta de conteúdo. noto o amor platónico e a ideia k transmites, mas acho k foi mal explorado por estrofes e versos demasiado curtos. expande um bocado mais as ideias. se fores bom, e acho k és, podes fazê-lo sem compremeter o poema e a sua estética.
"a reter, os brincos da mulher
estridentes de silêncio
e as botas dele
invulgarmente mudas
a dilecção dela
eram homens pontuais
a dele mulheres
sorridentes ao silêncio"
_____________________________
não interessará ao poeta que eu diga que isto é muito, muito bom. nem que outros digam que não o é.
o poeta escreve para si. e vive do que escreve dentro dele.
e mais nada.
não é, nuno?
o anterior comentário é meu. sem querer, saíu anónimo.
os poemas são dos leitores.
se disserem bem de algum poema, dirão, provavelmente de si próprios, assim como o contrário, também.
o que escrevi fui eu que escrevi. se quiserem chamem-me anónimo, eu até agradeço.
pois eu gostei muito deste poema. ;)
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