Sirvam os que servem!
Sejam escravos dos próprios escravos!
Que as vossas mãos sejam as sandálias
para os pés descalços dos
enfermos!
Façam do vosso descanso o leito do Rio
onde correm as lágrimas dos que perdem
sempre!
Escolham. Façam do vosso corpo um
Templo ou um sepulcro! (…)
Eis o que sou: Uma véspera constante de
mim próprio!
Um adiamento de algo que amo…
Mergulho as minhas mãos em algemas,
como se todos os crimes acontecessem por
eu continuar a respirar…
Entrego-me!
Rendo-me na praia a um futuro incerto…
ricardo de pinho teixeira
flores de carne
corpo
vila nova de gaia
2001