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escrevo do que sei eis o que
ignoro
esqueço-me de ti que me não
esqueces
existes no futuro como as casas
como os caules do vento
permaneces
olho-te agora e já não estremeço
dias vadios de terra desfolhada
não tenho já motivos como dantes
nossas razões são rimas
consoantes
deixa que pouse a pedra
psicológica
azul por dentro como um vão
veneno
bebo na fonte as mãos termino o
quadro
antónio franco alexandre
poemas
assírio & alvim
1996
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