27 abril 2011

rafa villar / diversos 1

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Eu sou daqui
desta raiz de nogueira
que fende
o mar
deste musgo
orientado ao inverno

desta névoa

sou daqui

sombra
dos dias
que andei
tão


daqui

lento veneno
na garganta
e mortal

os meus restos são esta casa
de espelhos
mudos
que me criam

os baús
guardam
a memória
da casa

anos
enterrados
no fundo

ruínas
que me tocam

os meus dedos
abrem os baús

para dentro




rafa villar
poemas
tradução de egito gonçalves
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3 comentários:

Memória transparente disse...

Belo poema.

Obrigada.

Dany disse...

gostei também

Unknown disse...

Parabéns pelo blog e pelos textos! Já sou uma seguidora :) Se quiser conhecer e também ser um seguidor, tenho um blog de poesia, Espaço Poético,www.deborasader.blogspot.com