não chames por mim
               levo nos olhos queimados
               o fim dos desertos
               não te posso escutar
               na branca solidão dos dias
               porque até no meu silêncio
               te matei
               não chames por mim
               levo nos passos
               o veneno da Lua
               a espuma do tempo
               sai-me das mãos vazias
               e apaga o trilho
               por onde as vozes
               podem chegar
               não chames por mim
               levo o peito tão rasgado
               de ausência!
               e no meu coração
               só há
               uma vermelha flor de sal
               que já ninguém
               pode tocar
gil t. sousa
poemas
2001
 
4 comentários:
Lindíssimo!
Parabéns por este enriquecedor espaço que dá asas à poesia que é para mim um vasto campo verdejante por descobrir!
Sim, lindíssimo. :)
Lindo demais...
Inspirador...
Obrigado
sOl*
cheguei aqui via o nascer do sol. visitei-o brevemente e gostei muito de alguns dos textos e poemas que li. autorizar-me-ia a publicar alguns dos seus poemas no meu blog?
até breve|
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