21 abril 2005
quatro estações #crónicas de primavera
acordei perplexa
como quem retém
a esperança no olhar
mesmo na margem
aparente do dia
envolvi-me no perfume
da madrugada difusa
e matizada de serenidade
anónima esperei por ti
na entrada da primavera,
e passo a passo
sei que chegas
pontualmente engalanada
exuberante de colorações
retorna o encanto
ressoa a imaginação
resiste assim a eternidade
as horas fluem pelo dia
com o cântico dos pássaros
deixo-te que abarques
este coração
que te aninhes nas recordações
onde a beleza se fixa
onde as paisagens são
horizontes emocionais.
abrigo no corpo o desejo...
emanado de ti
como uma sombra qualquer
l.maltez
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2 comentários:
Belo poema!
Obrigada pela partilha!
Gosto de ler-te cada vez mais.
Beijo meu
A inevitabilidade das saudades das palavras procura-nos e leva-nos a visitar quem sempre as têm tão bonitas. Já tinha saudades de passear por este lado da blogosfera. Desculpa a minha ausência de comentários. Beijos e Abraços: João A. (P.S.- Vou continuar a passar por cá para beber as tuas belas letras)
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