Regressamos à casa onde nascemos:
Limpamos o pó dos retratos
Tiramos as aranhas dos candeeiros
Abrimos as janelas mais pequenas
Espirramos e tossimos como antigamente.
E nos olhos de cada um
Vemos os olhos de todos os mortos.
Sem nada para dizermos
Falamos com as mãos sujas
Da nespereira a bater na janela.
Como da última vez
Deixamos a luz acesa.
cédula do mundo
labirinto
2025