mais não sou do que
a memória do sol
apenas sou
um homem debruçado no osso
da sua voz
mesa do amor
1970
)(
Apodreço devagar e o meu lixo
em húmus resvalando
alimenta silencioso os animais
da terra, o basalto, as framboesas, os
lagartos que se elevam para o sol até caírem
eles também de corpo
em corpo como venho caindo
nas nuvens do chão.
casimiro de brito
oficina de poesia
revista da palavra e da imagem
trianual, nº 1 – série II
junho 2002
coimbra