Esta é uma tarde completa:
mil cacos de solidão.
Eu conto
eu comparo
eu formo
eu junto.
Estas são as minhas mãos nuas
numa mesa nua e triste.
Tento fixar este instante,
este fragmento de tempo, dissecá-lo completamente.
Tenho os olhos bem abertos.
Sinto o áspero e louco toque
da solidão.
Um sol branco, solitário e enlouquecido
está suspenso
no céu branco.
vasant abaji dahake
(índia, n. 1942)
tradução de pedro amaral
em quartzo, feldspato & mica
5 comentários:
"Um sol branco, solitário e enlouquecido..."
A solidão tem o poder de enlouquecer almas despreparadas.
Adoro ler seus poemas e textos que enraizam-se aqui.
Beijos de vida.
Adorei o poema. Não conhecia o autor... Muito obrigada, já fiquei mais rica por ter vindo aqui.
Um sol branco, solitário e enlouquecido. Eu estou suspensa
eu estou no céu branca viajante pelo espaço.
Amo esta viagem.
As viagens que estão cá dentro.
Navegando pelo santo Google em busca de tesouros (poesias e contos) ancorei meu barco nesse lindo navio. Simplesmei amei as poesias. Que pedra preciosa e lapidada esse site. Também tenho a alma de poeta como você.
muito obrigado! tuas leituras tornam as minhas ainda mais prazerosas! lindo trabalho...
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