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04 novembro 2013

heinrich heine / bom conselho




Põe sempre os nomes aos bois
Nas histórias que contares.
Ou logo os burros depois
Se queixam de os retratares:

"Mas são as minhas orelhas!
Este azurrar é o meu!
Se estas são minhas guedelhas!
Ai este burro sou eu!

Não me nomeie ele embora,
Toda a Pátria vai agora
Saber-me por burro, hin-hã!
Ai que eu, hin-hã, hin-hã!"

- Quiseste a um burro poupar...
Logo doze hão-de zurrar.



heinrich heine
poesia de 26 séculos
segundo volume
de bashô a Nietzsche
trad. jorge de sena
editorial inova
1972




22 agosto 2012

heinrich heine / ein jüngling...





Um jovem ama uma jovem
Que a um outro jovem cobiça.
Mas este outro a uma outra quer,
E, casando, sai da liça.

Despeitada, a jovem casa
Com outro, seja quem for.
E o primeiro enamorado
Sofre desgostos de amor.

Por ser 'stória muito antiga,
Não é menos nova, não:
E quando a alguém acontece
Quebra sempre o coração.






heinrich heine
poesia de 26 séculos
segundo volume
de bashô a Nietzsche
trad. jorge de sena
editorial inova
1972
            

11 abril 2007

ein fichtenbaum…





Um pinheiro solitário,
Do Norte, sobre as alturas,
Dorme entre gelos e neves
Que o envolvem de brancuras.


E sonha com uma palmeira
Que longe, longe, no Oriente,
Sofre sozinha e calada,
Presa ao seu rochedo ardente.









heinrich heine
poesia de 26 séculos
segundo volume
de bashô a Nietzsche
trad. jorge de sena
editorial inova
1972